No último fim de semana, no Mercado das Madalenas, um consultor se aproximou do nosso estande. Era uma daquelas conversas que começam leves, mas logo tomam outro rumo. Ele falou sobre propósito, storytelling, diferenciação de marca. Disse que o que estávamos vendendo ali era muito mais do que produto — que era experiência, verdade, valor. E tudo aquilo soava familiar. Não porque a gente tivesse lido em algum livro, mas porque a gente vive isso todo santo dia.

Enquanto ele falava, eu e a Mari fomos respondendo. Argumentando com o corpo de quem faz, e não só com palavras. Ele nos instigava — e acho que era isso mesmo que ele queria. Nos provocar a enxergar, com clareza, o que já sabíamos por dentro.

E desde então fiquei com isso na cabeça:
O que é sair do comum quando todos estão tentando contar sua história?
O que é, de fato, vender um produto que sustenta a verdade que a gente diz?

Verdade seja dita: há seis anos fazemos isso.
Trabalhamos com margens apertadas, sim.
Mas sem abrir mão daquilo que acreditamos: a marca Grão Pasta como sinônimo de qualidade, responsabilidade e propósito.

A gente poderia ter feito diferente. Poderia ter facilitado processos, diluído o que importa, aumentado a margem. Mas preferimos continuar aprimorando.
Estamos, ainda hoje, investindo tudo o que entra em melhorias, aprendizados, tecnologia limpa e processos que respeitam o tempo da comida — e o tempo de quem come.

Tudo o que colocamos ali dentro é verdadeiro.
Num mundo cheio de atalhos, a comida de verdade virou quase um ato de resistência.
Mas é dela que a nossa saúde precisa — do alimento que nutre, sustenta, acolhe.
É isso que fazemos: massas feitas com tempo, com critério, com afeto.
Não para acompanhar uma tendência, mas porque acreditamos, desde o início, que é assim que vale a pena alimentar alguém.

Então, no fim das contas, não se trata apenas de storytelling.
Se trata de uma marca que diz a verdade e que entrega exatamente o que promete.
E de duas sócias que continuam, todos os dias, acreditando que isso faz sentido.

Com muito mais storytelling pela frente,
Marilis & Monica

Os blogs são escritos por mim (Monica), mas a Mari me deu carta branca — desde que eu não abuse, rs. E como a gente se entende na base da telepatia, ela confia que tá tudo alinhado.