A gente estava esses dias conversando — eu e a Mari — sobre a linha do tempo da Grão Pasta.
Talvez seja a nostalgia dos 6 anos batendo, não sei. Só sei que fui dar uma olhada no nosso Instagram e me bateu um monte de lembrança.
O primeiro post foi no dia 14 de março de 2019: uma maquininha da Marcato manual e um fettuccine de espinafre.
Na sequência, uma foto de molho de tomate com palavras escritas em cima da imagem (daquelas que hoje a gente olha e pensa: “meu Deus!”), e um pote tipo sorvete, que foi nossa primeira embalagem.
Depois vieram as massas longas e curtas, as farinhas, os tomates, os legumes, os queijos… E aí, no dia 24 de junho de 2019, apareceu o primeiro ravioli. Murchinho, meio feioso, com a massa grossa. O bocconcino cortado em pedaços grandes, a folha de manjericão inteira dentro. E junto, os primeiros parceiros, os amigos queijeiros que nos acompanham até hoje.
Vieram o primeiro Natal, a entrada de 2020, e em janeiro daquele ano, a chegada do chef — que foi uma grande virada.
Ali muita coisa mudou.
No meio disso tudo, sempre os testes com a massa sem glúten, que também foi se transformando.
A verdade é que tudo foi se transformando.
Nós também.
Não tem como não olhar pra trás e sentir uma saudade boa.
Porque a nossa vida pessoal — minha e da Mari — também mudou muito nesse tempo.
Hoje olho pra frente e vejo a Aline moldando à mão o gnocchi de batata-doce recheado com queijo Orobó da Rima e penso: olha quanta possibilidade esse mundo das massas oferece pra gente.
É uma riqueza de combinações, de jeitinhos, de formas de fazer dar certo.
Testamos outros queijos maravilhosos, mas Orobó e batata-doce foi o par perfeito.
Talvez seja o clima de Semana Santa chegando ao fim, mas hoje estou assim: nostálgica, pensante — e com o coração cheio de gratidão.
Voltamos a escrever depois do feriado.
Com saudades,
Marilis & Mônica